Sendo bem honesta com você, a palavra felicidade parece não combinar com a palavra doença.
Quando a gente descobre que vai conviver com um diagnóstico crônico, a gente imagina que nunca mais vai experimentar momentos felizes na vida.
Que sorrisos, prazer, bem estar não vão fazer parte da nossa rotina.
E de fato às vezes não vão, porque nem todos os dias serão de sol.
Conviver com lúpus implica diversas modificações físicas e emocionais. Queda de cabelo, aumento de peso, fadiga, manchas ou lesões na pele, são alguns dos efeitos da doença. Além da rotina médica, o uso de medicamentos diários podem trazer diversos prejuízos à saúde mental da paciente.
Isolamento, tristeza, baixa auto estima são alguns acometimentos que podem surgir como consequência da doença.
Mas será que é possível experimentar a felicidade mesmo dentro de conceitos difíceis como o do lúpus?
Primeiro é preciso aceitar a realidade trazida pelo lúpus para depois modificar os sentimentos que vieram juntos.
Mas às vezes a gente precisa ressignificar a nossa própria felicidade. Ser feliz do jeito que der para ser. Quando der para ser.
Felicidade não é uma obrigação, felicidade é uma construção, são momentos, é a nossa própria invenção.
Observe pequenos avanços no seu tratamento, lembre-se das coisas boas que você já viveu, espere que coisas diferentes possam acontecer de agora por diante. Alimente a sua esperança.
E entre sorrisos, lágrimas, corticoide, remissão, ativação, construa seus próprios pequenos momentos de felicidade.
Seja feliz do jeito que der para ser, quando der para ser!
Fabiana Bezerra
Psicóloga e Mulher com Lúpus
CRP 0217219